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Obrigado Ricardo!

por Anakin Skywalker, em 26.04.11

 

“O Sp. Braga foi o clube que me deu a primeira grande oportunidade, mas não posso esconder que foi no Benfica que dei um salto maior a nível internacional, tendo chegado à Seleção Nacional e depois rumado ao estrangeiro. Por isso, não posso esconder que vou sofrer um pouco mais pelo Benfica e gostava que ganhasse a Liga Europa."

 

"Aprendi a competir ao mais alto nível, sob pressão máxima, o que me ajudou a chegar onde cheguei”.

 

“farei todos os possíveis para ir com a família ver a final em Dublin”.

 

Obrigado por tudo Ricardo, jamais me esquecerei daquilo que suaste pela nossa camisola...

És dos nossos!

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publicado às 12:38

Miccoli"Tive pena de não ter sido campeão pelo Benfica"

por Anakin Skywalker, em 06.12.08

                                

Correio Sport – O que aconteceu para não ter regressado ao Benfica no início desta época?

Fabrizio Miccoli – Tive tudo acertado com Rui Costa mas penso que as negociações não avançaram porque o presidente do Palermo, Mauricio Zamparini, se recusou a vender o meu passe. É alguém que sempre acreditou em mim e nem quis ouvir falar de propostas. Eu teria ido se houves-se acordo entre os clubes.

 

– Parece estar melhor do que quando jogava no Benfica...

– Talvez seja verdade. Isso deve-se ao facto de não estar a ter lesões. Diria que estou a jogar ao mesmo nível da fase final da minha segunda época no Benfica [2006/07]. Estou sereno, sem problemas, e isso reflecte-se nas minhas exibições. Mas também fiz boas exibições com a camisola do Benfica.

 

– Continua a ter contactos com pessoas do clube?

– Falo às vezes com o Nuno Gomes e com dois ou três amigos que tenho no Estoril. Tenho muitas saudades de Portugal e já disse à minha família que se o Benfica for campeão vou a Lisboa festejar com a equipa. É uma cidade muito bonita, onde fui muito feliz.

 

– O Benfica pode ser campeão nesta época?

– Porque não? A equipa não está muito bem na Taça UEFA mas encontra-se bem posicionada na Liga. Foi pena ter empatado com o V. Setúbal. Estaria agora no primeiro lugar. Tive pena de não ter sido campeão pelo Benfica. Vi imagens e percebi a importância que tem para milhões de portugueses ver o Benfica campeão. Jogar nesse clube foi uma experiência inesquecível para mim.

 

– Viu o jogo com o V. Setúbal?

– Não, infelizmente em Itália não passam jogos da liga portuguesa. Mas procuro manter-me informado sobre tudo o que respeite ao Benfica. Vou acompanhando os resultados através dos meus amigos em Portugal ou pela internet.

 

– Percebe as razões da irregularidade do Benfica na Taça UEFA?

– Nesse tipo de competições, às vezes um mau resultado no primeiro jogo pode deitar tudo a perder. Torna-se difícil a recuperação. O Benfica eliminou o Nápoles, que é um adversário muito complicado para qualquer equipa, e os seus adeptos esperavam, certamente, outros resultados na UEFA. Mas são coisas que acontecem e nem sempre têm uma explicação concreta. Também chegaram muitos jogadores novos e o entrosamento leva tempo a consolidar.

 

– Conhece alguns?

– Sim, Suazo e Aimar. Chegaram outros igualmente bons. Em Itália, o Benfica causou muito boa impressão nos dois jogos com o Nápoles, que está a fazer uma boa época. O que é que pensam do Suazo em Portugal?

 

– Quim tem sido infeliz nos últimos jogos e há quem queira ver Moreira na baliza. Tratando-se de dois antigos colegas de equipa, que opinião tem deles?

– São dois grandes guarda-redes. Joguei mais vezes com o Quim a titular mas qualquer um deles dá garantias à equipa.

 

– Que jogador do Benfica indicaria a clubes italianos?

– Luisão. É forte, um verdadeiro líder, e as suas características adaptam-se bem ao futebol italiano.

 

– Já teve oportunidade de encontrar com Jose Mourinho?

– Sim, falei com ele quando defrontámos o Inter e ele foi muito simpático. Perguntou-me se eu falava português e respondi que falava mais ou menos. Virei-me para ele e disse-lhe: 'Mister, trago o Benfica no coração.'

 

Entrevista concedida por Correio Da Manha

 

Comentario: Saudades deste grande jogador que conseguio encher os adeptos com magia em apenas 2 anos no Benfica, saudades do golo em liverpool em que o relatador quase roco ficava de gritar Mi Mi Mi Miccoli, saudades daquela finta ao Beira Mar,saudades daquela garra daquela vontade enfim, seras sempre um dos nossos miccoli nunca te esqueceremos.

 

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publicado às 19:57

Quim"continuarei a trabalhar da mesma forma"

por Ricardo Morais, em 02.11.08
http://d.yimg.com/eur.yimg.com/ng/sp/empics/20071111/03/3178654386-soccer-uefa-champions-league-group-d-celtic-v-benfica-celtic.jpg


300 jogos, quase 33 anos, quando olha para trás sente que já chegou ao ponto mais alto da sua carreira?
QUIM – Tenho a felicidade de estar a completar 300 jogos na I Liga, é importante, mas continuarei a trabalhar da mesma forma. Que venham muito mais. Não quer dizer que já conquistei tudo. Ainda tenho muito para ganhar, sobretudo títulos.

R – Estes 300 jogos coincidem com o seu melhor momento de sempre?
Q – Sim. É fruto de um trabalho longo. Para se estar bem, é preciso jogar. Felizmente isso tem acontecido. E com essa confiança dos treinadores posso de facto dizer que estou no melhor momento da minha carreira.

R – Ainda se lembra do primeiro jogo?
Q – Lembro-me que foi em Setúbal. Na véspera tinha feito um jogo pelos juniores e fui chamado em cima da hora, creio porque o titular estava lesionado. Era miúdo, nem me lembro se a crítica foi ou não positiva. Sei é que não sofri golos!

R – Recorda algum golo que gostava de ter evitado?
Q – Todos! [risos] Todos os golos têm sabor amargo. Trabalho para sofrer o menos possível.

R – Um momento muito especial que o tenha marcado?
Q – A vinda para o Benfica. Tinha 28 anos, aconteceu quando foi possível.

R – Estuda os adversários antes dos jogos, especialmente aqueles que podem criar perigo para a sua baliza?
Q – Na Liga portuguesa, vamos conhecendo os jogadores. O mais complicado é nos jogos internacionais e aí é preciso ver vídeos para identificarmos algumas características.

R – Gosta de fazer defesas para a fotografia?
Q – Gosto de fazer defesas. Ponto. Não procuro passar a imagem do espectacular.

R – Quique disse que Leo, aos 33 anos, ainda tinha coisas para aprender. É também o seu caso?
Q – Estamos sempre a aprender. Como disse, estou no auge da minha carreira, da minha forma. Quem sabe se aos 35 anos não estarei ainda melhor? O meu objectivo é melhorar em cada treino, em cada jogo.

R – Um dos aspectos que mais se critica na sua forma de defender é a menor eficácia fora dos postes. É isso que tem de melhorar?
Q – Não só. Em todos os aspectos preciso e devo melhorar. Não percebo porque se faz essa crítica.

R – Não se revê nela?
Q – A crítica não me incomoda. Mais do que ninguém, eu próprio me critico. Sei quando erro. Agora, não me parece que os cruzamentos sejam o meu ponto fraco.

R – Disse que pretendia jogar até aos 38 anos. Para ser no Benfica, precisa de renovar contrato.
Q – Não sei o meu futuro. Tenho mais ano e meio de contrato com o Benfica. Os 38 anos são uma idade em que antevejo estar ainda em perfeitas condições. O objectivo seria terminar a carreira aqui no Benfica, para mim o maior clube português e que me ajudou imenso.

R – Já conversaram sobre a renovação?
Q – Não. O ano passado, por esta altura, renovei por mais uma época.

R – Nunca teve a atracção pelo estrangeiro?
Q – Não. Tive a oportunidade, quando estava em Braga, de dar o salto, mas sempre disse que para ir para fora teria de ser para uma situação melhor do ponto de vista financeiro e familiar. Das propostas que tive, achei que nenhuma delas me poderia compensar devidamente.

R – Noutros anos, o Benfica contratou guarda-redes. Moretto, Butt foram os últimos. Este ano, nenhum cara nova. Entendeu isso como um sinal de confiança?
Q – Sem dúvida. Desde que estou no Benfica, tem vindo sempre um novo. Ao não contratar nenhum, confiou em mim e no Moreira. É sempre bom sentir o apoio dos dirigentes.

R – Como se vive a concorrência na baliza do Benfica. Dão conselhos uns aos outros, fazem reparos?
Q – Ao contrário do que há uns tempos foi passado para o exterior, dizendo que eu e o Moretto e até outros guarda-redes não se davam bem, é preciso referir que todos procuram fazer o seu melhor em prol do Benfica. Damo-nos todos bem e ajudamo-nos uns aos outros. É claro que é difícil para quem fica de fora, mas treinam como se fossem jogar. E isso é fundamental até para mim porque me obrigam a trabalhar mais.

R – Quando Moretto chegou à Luz e você passou de titular para o banco, não se sentiu injustiçado?
Q – Foi uma das piores situações da minha carreira – a seguir à questão do anti-doping. Trocar o lugar de titular pelo banco depois de até ter jogado com algum sacrifício físico e o Moretto ter chegado quatro dias antes, foi extremamente difícil aceitar e entender. Sai sem mais nem menos.

R – O Koeman é uma pessoa com a qual não gostaria de voltar a cruzar-se?
Q – Pois, é o único treinador que não gostaria de voltar a ter.

R – Disse que o Benfica tem de ser uma equipa mais madura. Quando se olha para os jogadores vê-se gente experiente. Onde quis chegar?
Q – O que pretendo dizer é que há fases do jogo onde a equipa se balança em demasia para a frente. Por exemplo: estamos a ganhar 1-0 e não podemos atacar com 6 ou 7 jogadores. Há momentos, em que é preciso “parar” e sentir o pulso do jogo para fazer o mais adequado sem correr riscos desnecessários. Obviamente, temos uma grande equipa. Não é isso que está em causa.

R – É a melhor dos últimos 5 anos?
Q – Sim, é uma equipa com jogadores com grande qualidade reconhecidos internacionalmente. Noutros anos, o Benfica contratou jogadores que não tinham aquela dimensão. Melhor de tudo, este ano juntámos bons jogadores e um bom grupo.

R – O Benfica poderá sentir a falta de Rui Costa precisamente para marcar os ritmos certos da equipa durante o jogo?
Q – Porque não? Era um jogador experiente que nestas fases do jogo sabia exactamente o que fazer. Para mim, o Rui ainda poderia estar a jogar este ano. Mas estamos a crescer e iremos melhorar.

R – Como acolheram a transição de Rui Costa de jogador para director?
Q – Continua diariamente connosco só que não treina. Ajuda-nos à mesma, conhece os jogadores melhor do que ninguém e tem desempenhado um papel importantíssimo.

R – Ao longo dos anos sempre se ouviu dizer que o Benfica não dá tempo aos seus jogadores e aos seus treinadores. Quique introduziu uma nuance que Vieira seguiu. É preciso dar tempo ao tempo, dizem ambos. Sentem de facto que podem trabalhar com mais tranquilidade?
Q – Quando cheguei não tive esse tempo. Jogava e era assobiado. Um erro e já não tinha segunda oportunidade. Hoje, as pessoas têm de facto outra perspectiva. É importante, até pela juventude que temos no plantel e que precisa para crescer.

R – O Benfica é candidato a vencer a Taça UEFA?
Q – É candidato a ganhar jogo a jogo. O próximo é que é importante. Temos de pensar assim. Por isso, queremos é conseguir um bom resultado em Guimarães e só depois pensaremos no Galatasaray, sendo óbvio que uma vitória será um passo importante para as nossas aspirações.

R – O que é que Quique trouxe de novo?
Q – É um treinador jovem mas já experiente e que nos tem ajudado imenso.

R – É mais fácil a empatia de um grupo com um treinador mais próximo das suas idades?
Q – Não sei se será por causa disso. A minha relação é igual com todos os treinadores.

R – Hoje reencontra-se com o treinador que o lançou. Tem uma relação especial com Manuel Cajuda?
Q – Claro, o mister ficará sempre guardado na minha memória. Foi o meu primeiro treinador, o que me lançou e o que mais me ajudou e com quem mais trabalhei. Conhece-me muito bem e só lhe posso estar grato por tudo o que fez por mim e até por aquilo que me tem dito ao longo dos anos. Apoiou-me sempre em todas as situações.

R – É um dos sobrinhos do “tio” Cajuda...
Q – Pode dizer-se que sim. Ele próprio o diz. Agora, que seja eu ganhar o jogo.

R – Lembra-se de algum episódio que tenha acontecido?
Q – Vários, mas tenho um sempre na memória. Toda a gente diz que o meu problema é ser baixo. O que não é verdade, mas enfim... Um dia, ainda muito no início da minha carreira, e porque eu tinha o hábito de treinar com calças de fato de treino, Cajuda disse-me para tirá-las, pois, dizia ele, era por isso que ficavam com a ideia que eu era baixo. Sinceramente, não estava habituado a jogar de calções, mas lá obedeci. A verdade é que ainda hoje acham que sou baixo... Não sei porquê. Tenho 1,84m. O Baía tinha quanto? 1,85? 1,86? Será que por um centímetro já se é assim tão baixo?

R – Tem sido um homem de azar na selecção. O doping em 2002, a lesão em 2008. Como convive com esta malapata?
Q – Tenho de viver com ela. Ainda hoje não sei como é que o controlo acusou positivo. Tenho a consciência tranquila, pois nada tomei.

R – Foi uma fase difícil, com um rótulo muito desagradável...
Q – Foi terrível. Ponham-se no meu lugar. Ter a certeza de que nada tomei que pudesse originar uma situação daquelas e cair-me tudo em cima. Felizmente, ultrapassei essa fase mas ainda hoje fico com um certo receio. Sei lá se não me acontecesse a mesma coisa?!

R – Vai a medo ao controlo?
Q – É verdade, ainda hoje vou a medo.

R – Disse ter sido assobiado algumas vezes quando chegou à Luz. Hoje sente já ter conquistado o coração dos benfiquistas? Como tem convivido com a popularidade de Moreira?
Q – No início foi complicado. Ao assobiarem, os sócios estavam a assobiar contra eles próprios. Deveriam pensar que eu me sentiria mal com a situação e não renderia aquilo que estaria ao meu alcance. Já passou e as pessoas pensam de maneira diferente.

R – No campo, grita mais com quem?
Q – É um grito de alerta a quem está próximo e não a alguém em especial.

R – Os centrais são os que estão mais próximos. Qual a dupla que lhe inspirou maior confiança?
Q – Não sei. Os centrais têm uma posição tão complicada como os guarda-redes. Sempre nos ajudámos uns aos outros.

Entrevista concedida por Record

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publicado às 10:10

Reyes «recuperei a alegria de jogar futebol»

por Ricardo Morais, em 18.10.08


Garante que não pensou duas vezes antes de aceitar o convite do Benfica. Simão e, em especial, Rui Costa convenceram-no de que era uma experiência que tinha de viver. Sente que deu o passo certo e está tão feliz que só pensa em ficar mais tempo, para lá do empréstimo de uma época. Até já se imagina a voar pelas águias na Champions. Reyes em estado puro

COMO é que Rui Costa o convenceu a vir para o Benfica, numa fase em que era disputado por outros clubes?

— Não foi difícil convencer-me. Eu queria jogar e queria fazê-lo num clube grande. Falei muito com Simão e ele disse-me muitas coisas boas sobre o Benfica. Comecei a sentir que era uma experiência que tinha de viver e fiquei com a certeza depois de falar com Rui Costa e de ele me dizer o mesmo. Não pensei duas vezes e vim.

— Rui Costa e Simão foram então fundamentais...
— Sim. Sobretudo Rui Costa, claro, porque é o director desportivo do Benfica. O Simão apenas me aconselhou, disse-me que devia aceitar.

— Representou clubes como Arsenal e Real Madrid. Não temeu que fosse um passo atrás na sua carreira?
— Não, nada. Jogar por grandes equipas é sempre um passo em frente. Dei o rumo certo à minha carreira. Estou muito feliz pela opção que tomei e quero ficar muito tempo no Benfica.

ELOGIOS AOS MÉTODOS DE QUIQUE FLORES

— Nunca tinha trabalhado com Quique Flores, mas certamente que também pesou na sua decisão....
— Sim. Nunca tínhamos trabalhado juntos, mas já o conhecia bem. Fez um grande trabalho por todos os clubes por onde passou. Mariano Pernia, que joga no Atlético de Madrid, tinha sido orientado por Quique, e disse-me muitas coisas boas sobre ele. Agora tenho tido oportunidade de confirmar isso: Quique trabalha muito e bem. Isso é fundamental para qualquer jogador de qualquer equipa do mundo. Tem sido uma experiência muito positiva.

— A Liga portuguesa é vista como inferior à espanhola ou inglesa, onde já jogou...
— Muita gente vê as coisas assim, mas quando um jogador está dentro do campo não sente isso. Hoje em dia todas as ligas são iguais, competitivas.

— Mas quais são as principais diferenças?
— Repito que não vejo muitas. É claro que, se olharmos aos nomes, há melhores jogadores em Espanha, Inglaterra e Itália, mas dentro do campo não sinto diferença.

— Via com frequência jogos da Liga portuguesa, quando estava em Espanha?
— Não vou dizer que seguia atentamente o campeonato português porque não é verdade. Via de vez em quando alguns jogos, por curiosidade.

VOOS DA ÁGUIA FORAM PROFECIA

— E tinha alguma simpatia especial pelo Benfica, nessa altura? Aquela empatia que por vezes temos por clubes estrangeiros...
— Sinceramente sempre simpatizei, mas por nenhuma razão em particular. Mas há um pormenor curioso: costumava comentar muito com os meus amigos sobre o voo da águia antes dos jogos do Benfica na Champions. Via pela televisão e chamava-me muito a atenção. Ver uma águia a voar às voltas num estádio é algo lindo e que não se vê todos os dias [risos]... Agora que já o testemunhei ao vivo, é realmente impressionante.

— Já foi considerado um dos melhores atacantes do mundo. O que aconteceu para perder esse estatuto?
— Não sei... Acho que todas as pessoas, nas suas carreiras, passam por altos e baixos. Estive muito bem no Arsenal e comecei muito bem no Real Madrid. Depois tive uma pequena quebra, mas voltei a terminar bem a época e fui decisivo no último jogo do campeonato, frente ao Maiorca, ao apontar dois golos. A época passada, no Atlético de Madrid, é que foi para esquecer, sinceramente.

IMPRENSA 'ROSA' E SAÍDAS À NOITE

— A imprensa cor-de-rosa dizia que gostava muito da noite...
— Cada um escreve o que quer, para mim é indiferente. Gosto de sair à noite como qualquer pessoa. Somos jovens e temos de sair, quem disser o contrário está a mentir. Mas isso não significa que não seja profissional, muito pelo contrário. Treinávamos todos os dias às dez horas e às nove e meia já estava equipado e trabalhava como os outros. Saía uma, duas, três vezes por mês, sou jovem e não vejo mal algum nisso. Foi por outras circunstâncias que as coisas não correram bem no Atlético de Madrid. Acima de tudo não tive as oportunidades que gostaria.

— Quique Flores disse que você está numa frase crucial da carreira: ou explode ou estagna. Como recebeu estas palavras?
— Penso que foi uma forma de me motivar. Ele é o primeiro a apoiar-me e o que tenho feito no campo é reflexo da confiança que sinto da parte dele.

DESEJO DE EXPLODIR E RELANÇAR CARREIRA

— Acha realmente que vai explodir no Benfica, relançar a carreira?
— Não é uma questão de achar, é uma questão de querer explodir. E, claro, acredito que isso vai acontecer.

— Quique disse também que está satisfeito consigo mas espera ainda mais...
— É normal. A confiança aumenta com o passar do tempo, com os jogos, com a crescente forma física.

— Está longe do seu melhor?
— Não estou longe, mas ainda me falta um pouco.

— Que percentagem da sua qualidade os benfiquistas já viram?
— É sempre difícil dizer. Penso que já fiz jogos muito bons pelo Benfica, mas ainda estou a 80 por cento, tenho de dar mais.

— Sente que tem hipóteses de ser considerado o melhor jogador da Liga portuguesa?
— Isso são coisas para a imprensa, sinceramente não ligo. O que me interessa é fazer as coisas bem, por mim e, sobretudo, pela equipa.

— Recuperou a alegria de jogar futebol?
— Sem dúvida. No outro dia estava a falar com a minha família e disse-lhes exactamente as mesmas palavras que acabou de me dizer: recuperei a alegria de jogar futebol. Estou muito feliz e quando um jogador está feliz as coisas saem naturalmente bem e tudo anda sobre rodas. Há muito tempo que não me sentia assim.

JURA PELO FILHO E SONHO DA CHAMPIONS

— Já disse que gostava de ficar no Benfica. É um desejo realmente forte?
— Se depender de mim fico. Prometo pelo meu filho. Quando me sinto feliz num lugar, faço questão de o demonstrar.

— Mas não depende só de si... Já pediu a Rui Costa para o comprar em definitivo ao Atlético de Madrid?
— É claro que a última palavra é de Rui Costa, não sou jogador para estar a fazer pressão. Ele é que manda e sabe o que é melhor para o clube em cada momento.

— Mas já lhe transmitiu pessoalmente que pretende ficar?
— Sim, claro. Falo com Rui Costa muitas vezes e já lhe disse claramente que gostava de ficar aqui.

— Além do valor a pagar ao Atlético há o facto de ter um salário muito elevado. Pode ser um obstáculo, já pensou nisso?
— Tenho consciência disso, mas espero que não seja um problema.

— Já se imaginou a jogar na Champions pelo Benfica?
— Jogar pelo Benfica na Champions é um sonho. E isso seria sinal de que continuava aqui no Benfica.
Dos carros e relógios ao flamenco e 'padel'
Como será Reyes fora dos relvados? Que paixões e passatempos? O craque partilhou alguns aspectos do seu 'modus vivendi'

Como tem sido a adaptação a Portugal e ao Benfica? Como foi trocar Londres e Madrid por Lisboa?
— Muito boa, muito boa mesmo, sinceramente. A adaptação à equipa foi óptima e estou a adorar a cidade. Já estive em duas ou três cidades e a verdade é que Lisboa foi aquela a que me adaptei melhor e mais rapidamente.

— Mais que Madrid ou Londres?
— Sim, sem dúvida.

— Tem a sua família consigo?
— Sim, a minha namorada, o meu filho e os meus pais. Moramos todos no mesmo prédio, mas os meus pais noutro piso.

— Consta que é muito chegado aos seus pais... Fez questão que viessem também para Portugal?
— [risos] Sim, queria que eles viessem e eles também queriam vir. São importantes para mim e também estão a gostar muito.

— Escolheu morar na zona de Sete Rios. O que já conhece do resto da cidade?
— Na verdade não conheço muito ainda, tenho saído mais para ir a restaurantes com a família.

— E gosta da comida portuguesa?
— Gosto, é muito boa.

— Tem-se esforçado por aprender português ou não sente necessidade?
— É claro que tenho sempre de aprender um pouco, mas graças a Deus as pessoas entendem-me em todo o lado, quando falo espanhol. Isso é fundamental.

— Tem relação especial com algum dos companheiros do Benfica?
— Sou mais próximo de Makukula, já nos conhecíamos dos tempos do Sevilha.

— Qual é o melhor jogador do mundo na sua posição?
— Difícil... Há muitos grandes jogadores.

— Pergunto-lhe de outra forma: melhor pé esquerdo da actualidade?
— O melhor pé esquerdo que já vi foi o de Rivaldo. Era impressionante.

— Ídolo de infância?
— Maradona.

— O seu maior crítico?
— Sou eu próprio.

— Treinador que mais o marcou?
— Todos me marcaram.

— Melhor golo da carreira?

— Talvez um que fiz pelo Sevilha ao Valladolid.

— Melhor momento da carreira?
— Quando me estreei pelo Sevilha e pela Selecção de Espanha.

— E o pior?
— Todos aqueles em que não joguei ou não atravessei bom momento de forma.

— Maior alegria?
— Quando ganhei a Liga inglesa pelo Arsenal. Foi o meu primeiro título.

— Que gosta de fazer nos tempos livres, tem algum passatempo?
— Adoro jogar padel! [n. d. r. desporto muito famoso em Espanha e na América Latina, um misto de ténis e squash] Quando vou a Espanha aproveito quase sempre para jogar.

— Também é adepto da Playstation e do Pro Evolution Soccer, como Quique Flores?
— Não [risos]. Tenho Playstation e jogo de vez em quando, mas gosto mais de jogos de carros, futebol não tanto.

— Que tipo de música aprecia?
— Sobretudo flamenco.

— Alguma banda ou cantor em particular?
— El Barrio.

— Como surgiu a paixão pelos carros?
— Não sei explicar... A minha irmã também gosta de carros, mas os meus pais nem por isso. Eu adoro.

— Já tem uma boa colecção...
— Sim... Tenho dez carros. Cada um tem as suas paixões, as minhas são os carros e os relógios.

— Já pensou na próxima aquisição para a sua garagem?
— Para já ainda não.

— Já imaginou chegar ao treino do Benfica de camião, como aconteceu com Walter Pandiani em Espanha?
— [risos] Não, não gosto de camiões...

— Tem um Bentley inglês, com volante à direita. Não lhe faz confusão conduzi-lo em Lisboa?
— Não, já o tenho desde que estive em Inglaterra e estou habituado.

— Que outros desportos gosta de ver na televisão, além de futebol?
— Todos, mas gosto particularmente de futsal. Quando era miúdo jogava muitas vezes.

— Qual o defesa mais complicado que enfrentou?
— Houve muitos, mas Puyol é incrível.

— Tem tatuagens?
— Sete!

— Alguma especial?

— Sim. Tenho uma com o nome do meu filho e outra com as iniciais do meu pai.

— Já pensou em tatuar uma águia?
— Por agora não... Quem sabe um dia.

— Porquê o número seis na camisola?
- Por nada de especial, já não havia muitos números disponíveis e até gosto do seis.

Entrevista concedida por abola

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publicado às 01:59

Voltarei ao benfica pela porta grande

por Ricardo Morais, em 21.09.08


Emprestado ao Saragoça no âmbito da transferência de Aimar, o internacional sub-20 tem sido notícia mais vezes pela vida privada do que pelo mérito em campo. Fábio Coentrão diz sentir-se perseguido mas empenhado em fazer uma boa época e regressar à Luz

Correio Sport – Tem consciência de que o seu nome tem sido falado em Portugal por motivos que não têm a ver com o futebol?

Fábio Coentrão – Tenho. Estou aqui, no Saragoça, a trabalhar sem problemas e todos os dias recebo chamadas de familiares e amigos, a dizer-me que saem notícias prejudiciais à minha imagem. Isso é muito mau, ainda por cima são coisas que não correspondem à verdade.

– Mas já percebeu o que está por trás dessas notícias?

- Aí está o mal. Há gente que não tem nada para fazer e entram em mentiras. São notícias fabricadas em Espanha e em Portugal. Deviam ter mais respeito por mim, que sou português. É muito feio o que me estão a fazer.

– Foi dito que os seus pais tiveram de ir a Saragoça, senão regressava mesmo a Portugal...

– Outra mentira. O meu pai só queria meter um processo a quem publicou essa notícia. Ficou mesmo muito chateado quando leu essa notícia, pois não faz sentido.

– É ou não verdade que teve uma saída nocturna que causou mal-estar no seio dos dirigentes e técnicos do Saragoça?

– Cheguei aqui após uma semana em estágio com a equipa e tinha familiares à espera. Fui eu que sugeri para irmos dar uma volta, porque no dia seguinte era dia de folga. Sou jovem, humano, na vida há tempo para tudo. Na segunda-feira seguinte, um dirigente disse-me que não estavam habituados a isso e lembrou-me que o Saragoça estava na 2ª Divisão. Pedi-lhe desculpa e disse-lhe que não sabia. O meu pai foi ter comigo ao treino, deve ter sido por isso que inventaram mais essa situação.

– Também não é verdade que abandonou o balneário, recusando-se a treinar?

– Tem alguma lógica isso? Era dia de treino facultativo, treinava quem quisesse. Dormi com dores de garganta, fui ao clube, deram-me medicamentos; tomei e fui-me embora.

– Como é o ambiente no balneário do clube?

– Toda a gente me apoia. O grupo é muito bom, tive a infelicidade de o ‘mister’ não contar comigo nos primeiros jogos, mas é normal no futebol. Tenho de trabalhar. Sei as qualidades que tenho, mais dia, menos dia vou estar a jogar.

– O plantel é mais forte do que estava à espera?

– O plantel tem qualidade mas sei que tenho valor para jogar aqui. Saí pela primeira vez do meu país, estou fora há apenas dois meses, preciso de tempo para adaptar-me e é isso que estou a fazer. Sinto-me melhor a cada dia que passa.

– Como é a sua relação com o treinador?

– De início, pensei que não tinha ido muito com a minha cara. Nos três primeiros jogos de preparação fui dos melhores em campo. Depois fiz uma rotura e a partir desse dia não joguei. Não sei o que se passou mas, à medida que tenho vindo a treinar melhor, tem havido mais conversas entre nós.

– Jogar na 2ª Divisão de Espanha é complicado?

– Pensei que fosse mais difícil mas é um futebol muito competitivo. Esperava que houvesse menos espaços mas encontrei um estilo que pode ajudar-me muito.

– Tem acompanhado a carreira do Benfica?

– Tenho seguido o Benfica e todo o futebol português. Sinto saudades, é óbvio, mas vou-me adaptando a Saragoça. Tenho 20 anos, estou a fazer pela vida, mas há pessoas que deixaram de ser compreensivas para comigo. Aqui ainda se podia entender mas em Portugal não se compreende.

– Dizia-se que tinha um futebol parecido ao de Angel Di María...

– Ele aproveitou a oportunidade. Di María é um bom amigo, admiro--o muito e acho que somos parecidos a jogar futebol. Ainda bem para ele, eu vou esperar pela minha oportunidade.

– O que lhe faltou a si?

– Fiz dois jogos com Fernando Santos e acho que estive bem. Mas houve mudança de treinador e só voltei a fazer um jogo, para a Taça de Portugal. Faltaram-me oportunidades, e depois havia no plantel Cristian Rodríguez, Di María, Freddy Adu e eu, todos para a mesma posição.

Entrevista concedida pelo correio da manha


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publicado às 03:00

Entrevista de mourinho no site oficial do benfica

por Ricardo Morais, em 14.08.08


Na véspera de Benfica e Inter de Milão se reencontrarem, em plena estreia da Eusébio Cup, no Estádio da Luz, José Mourinho abordou, em exclusivo no Site Oficial do Benfica, o significado que tem para si marcar presença na competição e reencontrar velhos amigos. O técnico do Inter de Milão traça o perfil da sua equipa nesta fase da temporada, elogia o novo Benfica, conta a razão pela qual tem um carinho especial por Quique Flores e convida até Eusébio a entrar no seu balneário. Mourinho, ao seu estilo.


RESPEITO POR EUSÉBIO E OBJECTIVO COM IBRAHIMOVIC


Qual a importância de inaugurar uma competição cujo nome – Eusébio Cup – tem um significado especial e de, nesse mesmo jogo, ter pela frente o clube onde se estreou como treinador principal?

Gosto de jogar na Luz, sempre gostei enquanto treinador do Benfica, gostei depois como adversário e treinador do FC Porto e foi óptimo voltar com o Chelsea, ainda que para um amigável. Sentirei agora o mesmo prazer ao regressar novamente. O facto de a Taça ter o nome de Eusébio tem um claro significado especial. Mas quanto ao jogo não, pois continuo a dizer que não procuro as taças na pré-época; procuro, sim, as outras que se ganham em Maio. Mas o respeito que o nome de Eusébio impõe, obriga-nos a jogar com isso no pensamento.

É um Inter quase invicto (sofreu apenas um golo desde o início da pré-temporada) aquele que se apresenta na Luz. É uma equipa já à sua imagem aquela que vai defrontar o Benfica?

Bom, há que lembrar que o Inter quase não tem defesas nesta altura. Quando cheguei, Chivu, Samuel e Cordoba estavam parados na sequência de cirurgias difíceis e recuperações demoradas. Depois, com a lesão de Materazzi, ficámos apenas com Burdisso. No entanto, trabalhamos muito a nossa organização defensiva e estamos a sentir-nos confortáveis em campo. Por outro lado, só agora Ibrahimovic regressou e, verdade seja dita, se eu pensava que ele era um dos melhores do Mundo, trabalho agora com ele com a ambição comum de vir a ganhar a Bola de Ouro. Trata-se de um superjogador e com ele esta equipa é obviamente melhor. Mas temos um longo caminho a percorrer, pois nunca é fácil para uma equipa – e para um treinador – sair de uma rotina de anos e jogar de um modo diferente. Vamos com calma.


ELOGIOS A AIMAR, REYES E... QUIQUE FLORES


O que conhece deste Benfica e qual a sua opinião acerca do plantel? Terá o Benfica condições para voltar aos bons resultados esta época?

Parece-me, à distância, ser uma equipa com mais potencial. Tem alguns novos jogadores com experiência e classe, como Aimar e Reyes; tem outros que não conheço tão bem, mas que seguramente foram alvo de análise detalhada pelo Quique e pelo Rui e já tinha alguns jogadores importantes. Assim, obviamente que todos esperam mais. Até pelo futebol português, todos esperamos que os três grandes façam uma grande época e que a competitividade seja muito maior do que foi na época passada.

Mourinho e Quique Flores são mútuos admiradores desde os tempos em que representavam o Chelsea e o Valência. Qual a sua opinião sobre o agora técnico do Benfica?

É certo que não o conheço bem, mas há dois anos joguei contra o seu Valência na Champions e analisei durante algumas semanas o seu trabalho e a sua equipa de então. Pareceu-me, sem dúvida, uma óptima equipa e por isso o considero um treinador muito bom. Depois, ao nível pessoal, pareceu-me ser muito equilibrado, metódico e simpático. Por tudo isso, respeito muito o seu trabalho e espero que seja feliz no nosso País.


PORTA ABERTA PARA EUSÉBIO


O início da temporada aproxima-se a passos largos e tanto o Inter como o Benfica procuram atingir a melhor forma possível nesta altura. Assim, poderá prever-se um jogo de grande intensidade nesta sexta-feira?

Nós disputaremos a Supertaça de Itália dentro de poucos dias e por isso jogaremos com um pé à frente e outro atrás. Não arriscarei com pequenas lesões, mas obviamente que depois de jogar em Munique e em Amesterdão contra dois históricos, temos agora a possibilidade de o fazer na Luz e queremos aproveitar ao máximo este jogo com o Benfica. Necessitamos de dificuldades para crescer e o Benfica pode dar-nos o que precisamos. Uma cultura de futebol diferente, um estádio com ambiente, uma equipa que quer ganhar em sua casa, jogadores que se querem afirmar... Acredito que será muito bom para nós e que nos ajudará a crescer. Obviamente que penso que também nós poderemos ajudar o Benfica a ser melhor, porque para eles será também uma boa experiência jogar contra uma boa equipa, como nós, com uma cultura diferente, com bons jogadores e que também lutam por um lugar numa equipa e na lista das Champions. Como o Inter não produziu, nos últimos anos, talentos italianos, tenho que deixar cinco jogadores fora da lista para a UEFA... e eles sabem disso.

Eusébio não escondeu o orgulho e a emoção de poder contar com a sua presença, bem como com a de Luís Figo e do próprio Inter, neste torneio...

Sabe, quando cheguei ao Inter, o clube tinha alguns aspectos da sua pré-época fechados por contratos, mas existiam alguns espaços que eu poderia adaptar ou preencher. Quando me chegou às mãos o convite do Benfica, falei com o senhor Moratti que foi peremptório: «Eusébio e Benfica? Vamos! Um grande jogador que o meu pai quis contratar...; o Benfica, que o Inter bateu, num jogo fantástico, na final da Taça dos Campeões; vamos»... E eu, claro, aceitei com muito prazer. Eusébio é Eusébio e quando dele se fala todos os portugueses esquecem cores ou clubes. Há unanimidade nacional. Assim como vi uma Munique Arena cheia para homenagear Beckenbauer, gostaria de ver a Luz fazer o mesmo a Eusébio. Não se trata do Inter ou do Benfica, trata-se de Eusébio. Espero-o no meu balneário, pois ele pode entrar.

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publicado às 01:27



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