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Benfica 1 porto 1

por Ricardo Morais, em 31.08.08

Como não consegui ver o jogo deixo aqui mais uma vez as cronicas de A Bola.

Benfiquista que se preze beija as mãos ao grande Joaquim



A figura: Quim 8
Nas asas do desejo

Conviveu muito bem com o terror, e além das seis defesas de grau de dificuldade elevado, quase chegava ao penalti nervoso de Lucho, adivinhou o lado mas as asas não levantaram o suficiente. De qualquer forma, um jogo em cheio, frieza, elasticidade, coragem, capacidade para governar um barco à beira do inferno, com uma sucessão de intervenções muito conseguidas e capazes, pelo alcance, de renovar o ar envenenado que a águia respirava. Teve momentos excepcionais, como a sequência de defesas ao minuto 19 e foi a partir das suas luvas de couro fino que o Benfica redespertou da vulgaridade e se fez mais convictamente à sua sorte. Além da segurança revelada em meia dúzia de ocasiões de risco, leitura perfeita e perspicácia activa no lance em que correu mais que Rodriguez e salvou a noite... a pontapé. Belo jogo.



Maxi 180 minutos na Liga
6
Não tinha permissão para selar amizades: com Cristian Rodriguez pela frente, só um louco olharia para as estrelas de vez em quando, e Maxi fez um jogo poderoso e seguramente mais aventureiro que o recomendável, com tamanhas obrgações defensivas. A extensão ao meio campo ofensivo acrescentou brilho a uma exibição superior, mesmo se as imposições de refreio com a equipa reduzida a dez o penalizassem. E à plateia ansiosa...

Luisão 180 minutos na Liga
6
Basicamente, confiável. Uma ou outra pequena perturbação de circunstância, travou duas situação extremas com autoridade e, no essencial, voz de comando com autenticidade, parece uma banalidade dizer que o respeitinho ainda marca pontos, mas o certo é que, entre presença e proximidade, Luisão limitou muito território ao dragão e fez a vaga azul recuar com frequência, projectando a sua sombra gigantesca por larguíssimos metros.

Katsouranis 148 minutos na Liga
2
Desgraça completa, a verdadeira asa quebrada da águia. É estranho que um jogador do seu nível, da sua classe, da sua qualidade e ainda da sua inteligência, cometa erros tão infantis como o penalti, e, já com as malas à porta da casa assombrada, ainda tenha cometido a falta que o levou, logicamente, para a rua. Não se pode esquecer um período positivo, uma reacção emocional conseguida ao penalti, mas estava marcado para sair!

Léo 157 minutos na Liga
6
É o benfiquismo medido ao centímetro, vale bem o dobro da estatura, e o seu coração funciona em regimes absurdamente altos. Perversamente, aninhou pela dor, saindo na fase crucial do jogo, quando o Benfica precisava de nervo e alma para se transcender, atraves desse magnífico exemplo chamado Leo. Pequeno gigante de patente rara, com quase 60 minutos de voos rasantes sobre a sua imensa vontade de vencer. Águia real.

Yebda 180 minutos na Liga
6
Fundamental no empate, futebol entre o cerebral e o físico, capaz de dar uma dimensão maior ao jogo entrevado ou individualizado do Benfica, subtraindo-se do clássico essa impressionante cavalgada rumo ao golo, num slalom a rasgar toda a esquerda e a chamada para a vida na cabeça de Cardoso. Fez a parte final do jogo em evidente inferioridade física, mas nem por isso se enrolou, desonestamente, pela relva fora...

Carlos Martins 116 minutos na Liga
6
A volta à Luz em dezenas de passes de descobridor, jogo coloquial entre os apertos do meio campo, nada de descartável, aberturas com sentido mas sem cobertura atacante, e um coração de aço que é de extrema importância nos momentos de desnorte, e houve alguns!, da águia. Não foi à periferia da grandeza que se espera dele, mas o seu envolvimento foi total e, além de neutralizar muito jogo, sustentou a reputação com alguns bons tiros.

Reyes 90 minutos na Liga
4
Ainda claramente meio desligado das plumagens reais pagas a peso de ouro, desencontros frequentes, mudanças excessivas de flanco, bola demasiado agarrada ao pé esquerdo, instruído mas desleixado. Habilidades, túneis, diversão, mas pouco nervo e a certez ade que perdeu pouco peso neste jogo. O talento está lá, mas a fibra ainda não é a necessária e muito menos a ideal, e o Benfica perdeu muito nessa dispersão egocêntrica.

Aimar 138 minutos na Liga
5
É, notoriamente, a maior esperança da águia para os dias felizes, tem um arsenal técnico ilustre, movimenta-se como um felino e transmite sempre a sensação de que pode explodir a qualquer momento e rachar qualquer estrutura, mas ainda não está nos níveis físicos que lhe permitam cobrar o explosivo que há em si e prova disso é que, quando esticou demasiado a corda, saiu a mancar (48). Podia ter assistido, preferiu rematar e imolou-se...

Di María 90 minutos na Liga
5
A jovem águia de bico dourado foi com tudo para o clássico, enervou-se e enervou, saltitou pelos flancos sem grande aproveitamento, mas a impulsão de espírito que transmitiu a cada iniciativa e a própria teatralização excessiva, nalguns casos, acabaram por resultar bem no plano anímico, com Di María a mostrar-se sempre obcecado, numa perspectiva de lunático que o povo aprecia particularmente. Circense e rebocador, mas estéril.

Cardozo 155 minutos na Liga
6
Não é uma figura consensual, não é um atacante impetuoso, mas geralmente está lá, quando é preciso. No seu espaço de acção desaparece muitas vezes, mas o isolamento parcial explica essa obscuridade exibicional que, com um golo de pura oportunidade, ele apagou, tornando-se, afinal, num jogador importante, porque não permitiu que o FC Porto regressasse com caça grossa na bagagem. Afinal, mantém a patente do golo... e saiu!

Nuno Gomes 86 minutos na Liga
5
Lançado para o interior da fortaleza, devolveu alguma simplicidade ao jogo atacante da águia e o primeiro remate, na passada, não deu golo por pouco. Depois, enfim, teve que alimentar, sem apoio próximo, uma área imensa e deserta, dando-se relativamente bem no papel de falso emboscado e conseguindo, inclusivamente, sair vencedor de alguns duelos desiguais. Mas como ponta isolado da águia, não teria grandes ilusões.

Sidnei 25 minutos na Liga
6
É um defesa de escola clássica, evoluída. Não se faz ao jogo com aquela urgência que se espera de um polícia de carreira, não se deixa envolver em querelas, faz as coisas com calma e vai revelando um domínio considerável da bola e das circunstâncias de jogo, arriscando subidas em regime individual que sustentam a apreciação mais favorável. Aparentemente, é um elemento a explorar mais e melhor, olhando à sua concorrência...

R. Amorim 22 minutos na Liga
4
Entrada imprevista em campo, mas nada de anormalmente problemático para resolver, mesmo com várias fases de concentrados azuis na sua zona de protecção. Fez um jogo seguro e saiu, geralmente, a ganhar, embora para quem tem vistas largas e habituação atacante, se tenha contido bastante. Mas seguramente porque a equipa estava em inferioridade numérica.

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publicado às 03:47




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